O nome Boschi [Bosques] é o nome da área onde uma pequena comunidade trapista se estabeleceu. No vale da Ermetta, no município de Vicoforte (CN), existe uma aglomeração de casas camponesas, denominada “os bosques”. De fato, o vale é só mato: noutros tempos eram castanheiros para fruta, agora só talhadia (corte manejado). Seja por este aspecto ambiental seja pelo referido apelativo, considerou-se adequado manter este nome. Como todos os mosteiros cistercienses são dedicados à Mãe de Deus, era óbvio que este pequeno mosteiro se chamasse “Madonna di Boschi [Nossa Senhora dos Bosques]”. Em meados de 1971, três monges do Mosteiro Frattocchie de Roma, convidados por um amigo do Pe. Filiberto Guala, vieram ao Piemonte, para S. Biagio – Morozzo (CN). Durante anos, a comunidade de Frattocchie vinha pensando numa sua transferência para uma área mais solitária: o aeroporto de Ciampino e a Via Appia, que passa em frente ao mosteiro, pareciam um obstáculo à vida monástica da comunidade. Uma propriedade estava sendo oferecida e três monges vieram para analisar a possibilidade de uma mudança. Em setembro, os três monges retornaram a Frattocchie, mas a comunidade não aceitou a ideia da transferência.
Por sua parte, Pe. Guala não desistiu de sua ideia de revitalizar aquele Priorado beneditino, que durante séculos havia sido reduzido a uma casa agrícola; tentou envolver Lerins e Tamié (França), e Tre Fontane (Roma), mas a ideia esvaeceu como fumaça diante da impossibilidade de tentar reunir três ou quatro monges com formação diferente. O Pe. Guala ficou desapontado, mas voltou sossegado – pelo menos por enquanto – para Frattocchie. A perspectiva de um mosteiro cisterciense no Piemonte despertou o interesse do povo, do clero e dos bispos piemonteses (naquela época em Turim estava o cardeal Michele Pellegrino, que um dia veio a Tre Fontane em Roma; falou no Capítulo e despertou o interesse da parte mais jovem da comunidade por uma vida monástica mais simples e autêntica, menos estruturada). O pároco de S. Biagio, Pe. Bongiovanni, com o Mons. Bono e com o Bispo de Mondovì, Dom Brustia, mais tarde foram para Tre Fontane para pedir a essa comunidade que assumisse o compromisso que Frattocchie havia recusado. A comunidade de Tre Fontane não tinha problemas de transferência; havia, porém, a necessidade de uma vida monástica menos sobrecarregada por uma estrutura composta por edifícios seculares. Além disso, o período pós-conciliar induziu a Ordem a abrir-se a novas necessidades e a permitir que dois ou três monges de uma comunidade vivessem uma vida monástica mais simples, embora ainda ligada à comunidade. Para este tipo de experiência nova e incomum na Ordem Trapista, buscou-se um estatuto e achou-se um nome: “Anexo”!
Esta era a ideia que animava vários membros da comunidade: dependência do abade e da comunidade, mas num lugar mais simples.
O assunto foi debatido na comunidade. Durante a visita regular, o Padre Imediato (vindo de La Trappe, França) pediu um voto à comunidade. Esta votação já não se concentraria mais sobre a oportunidade de ter uma dependência, um Anexo, mas na escolha de comprar uma pequena propriedade com relativa casa agrícola! Alguns monges – dois – chegaram a Mondovì no início de março com o abade Dom Domenico Turco, para comunicar a decisão da comunidade ao Bispo de Mondovì. Avisaram Dom Brustia que San Biagio não fora considerado um local adequado para aquele fim. Dom Brustia, muito realista, conhecendo a situação de San Biagio, respondeu: “Escolham você o lugar, mas quero que seja na minha Diocese”.
Dom Domenico Turco, originário de Vasco, propôs almoçar com seu irmão que durante o almoço perguntou o motivo de nossa presença em Mondovì. Explicados os motivos, ele nos disse: “Sei o que estão procurando. Há uma casa à venda que certamente é a solução ideal”. Após o almoço fomos ao local. Encontramos dois quartos no piso superior e um espaço no piso térreo dividido em cozinha, refeitório, outra pequena sala e um corredor de acesso ao porão. O estábulo chamou a nossa atenção: saia um pouco do corpo do edifício e seria adaptável a uma futura capela. O celeiro acima do estábulo poderia ser adequado para um dormitório. Banheiros não foram vistos (não havia!). A água era fornecida por um motor Honda que puxava um fio de água pseudo-potável para um barril atrás do celeiro. Para o restante, havia uma bomba manual que mal permitia extrair água da chuva de uma cisterna. Foi imediatamente estipulado um termo e adquirida a propriedade. Enquanto isso – de março a maio – foi se manifestando na comunidade quem fosse mais adequado e também mais entusiasta. O número era limitado a três, com probabilidade de “mobilidade”. Uma das razões deste Anexo era oferecer a possibilidade de uma vida monástica mais simplificada. Já havia um monge de Tre Fontane – Pe. Daniele – que há alguns anos morava em Palaia em uma casa deixada mobiliada (de maneira monástica) por uma comunidade criada por Pe. Divo Barsotti, depois dissolvida. Outro membro do primeiro grupo foi o Ir. Basílio. Como responsável do Anexo Dom Domenico escolheu o Pe. Bernardo. Em 17 de maio de 1972, partimos com uma caminhonete, na qual já havíamos carregado parte da “mobília” de Daniele, um dia depois das eleições políticas em que o Partido Comunista obteve muitos votos. A viagem foi uma aventura e tanto, mas de qualquer forma, por volta das cinco da tarde, chegamos. Com um pouco de paciência, organizamos algo para o jantar e para o pernoite. A Eucaristia fora celebrada em Tre Fontane antes de partir. E a vida começou! Os três “elementos”, justapostos, logo manifestaram sua diversidade de pontos de vista: um era um paladino da pobreza, o outro queria o “jejum eucarístico” para ter mais tempo para trabalhar; o Pe. Bernardo, em relação com o Abade, dizia que não precisava inventar nada. A simplicidade da vida, por vezes a falta de recursos, teria nos induzido (obrigatoriamente!) a levar a sério o conteúdo da vida cisterciense. Os dois primeiros meses, junho e julho, passaram-se, além de tentar organizar as coisas essenciais para viver, no cultivo da horta, da videira e do pomar, ainda eficientes e em produção. Em agosto Daniele voltou para Palaia. Em setembro vieram o Pe. Gianmaria e Petruccio, um bom pedreiro que trabalhava às dependências de Tre Fontane. A primeira coisa a ser feita era limpar um pouco o estábulo, depois refazer o piso para usá-lo como igreja. Às vésperas da Festa de Todos os Santos, celebramos as primeiras Vésperas e a Eucaristia. Sim, faltava a porta, mas fora substituída por uma cortina de sacos costurados. De manhã, após as Vigílias! Foi preciso usar um recipiente de ferro com brasas para aquecer o ambiente, o que, ao invés de aquecer, produzia apenas fumaça.
O trabalho de adequação continuava. Só que, talvez em novembro de 1972, começou a circular o boato de que, assim que o Pe. Guala tivesse resolvido a questão da fábrica de chocolate de Frattocchie, ele viria para San Biagio. O bispo Dom Brustia, que acompanhava com interesse nossa presença, veio um dia ver as obras. Estava um pouco desanimado; apresentei o assunto a Dom Brustia, dizendo-lhe que, se isso acontecesse, faríamos as malas e iríamos procurar outro lugar. Não era oportuno reviver a mesma situação que já existia em Roma com os dois mosteiros. A resposta do Bispo foi clara e precisa: “O Pe. Gualda quer vir para San Biagio para um centro de espiritualidade. Os trapistas para mim são vocês e pedi que viessem na Diocese de Mondovì. Entre outras coisas, acrescentou, a comunidade se opõe ao projeto do Pe. Guala e este pediu a exclaustração à Santa Sé por três anos”. Encorajados por esta resposta do Bispo, continuamos a obra de adequação: o inverno estava quase chegando e … foi difícil! Havia um pouco de lenha deixada pelos camponeses, contudo era preciso serrá-la à mão para manter aceso o único fogão, usado na cozinha.
Boschi nunca teve, nem quis e nem se importou com a popularidade. Naqueles anos, um artigo apareceu em uma revista (talvez Jesus ou Família Cristã) que soava assim: “Piemonte: a Úmbria do 2000”. Duas experiências monásticas eram relatadas – se bem lembro: a do Pe. Charles de Tamié e a de três monges beneditinos de São Paulo Fora dos Muros, exaltando assim a coragem da renovação monástica! Quando estava eu prestes a me adaptar à vida simples e tentava aprofundar o sentido da vida monástica, não só para mim, mas também para o homem contemporâneo, aconteceu o que nunca havia pensado, muito menos desejado.
Dom Domenico Turco foi forçado a renunciar ao cargo de abade de Tre Fontane. O Visitador - Dom Gervasio di Frattocchie - veio para Boschi e me pediu para ser Superior em Tre Fontane. Eu conhecia bem a situação daquela comunidade: um administrador francês que havia confiado a condução da comunidade ao prior vindo de La Trappe e o noviciado foi devolvido ao Pe. Agostino, ele também de La Trappe. A situação econômica era muito complexa e emaranhada. Respondi ao Dom Gervasio que não tinha vocação para manter as antigas muralhas, se não fossem necessárias para a vida monástica. Ao que ele respondeu: "Então vou fechar o mosteiro". Depois de alguns dias de hesitação e um pouco de oração, aceitei. Em 2 de fevereiro de 1974 fui "empossado" como Superior "ad nutum " por três anos. De Boschi, o que teria acontecido? O Visitador assegurou-me que a experiência continuaria com o envio, em meu lugar, de Dom Domenico. Para o visitador, o problema não era manter Boschi aberto, mas sim encontrar um lugar para Dom Domenico. Os três anos de Pe. Bernardo como Superior de Tre Fontane não entram diretamente na história de Boschi, mesmo que não tenham tido um impacto totalmente positivo na vida de Boschi. Em fevereiro de 1977, o Pe. Bernardo, terminado o seu mandato como Superior, pediu ao Padre Geral para poder voltar para Boschi para viver a sua vocação monástica. Uma vez lá, encontra Dom Domenico com um certo João Van Wess, um indivíduo muito original. Vivera por anos em Tre Fontane como Oblato, depois em Frattocchie, finalmente, permanentemente afastado de Frattocchie e Tre Fontane, voltara para a Holanda. Mas, sabendo que Dom Domenico estava em Boschi, instalou-se por aqui (o termo diz tudo, pois Dom Domenico, remissivo como era, deixava-o fazer tudo). Nesse meio termo, chegara o Pe. Lino, Scalabriniano, por um período de seis meses e depois com a intenção de ficar permanentemente, se esta fosse a vontade de Deus. Inevitavelmente surgiu o conflito com Van Wess; eu já o conhecia de Tre Fontane, e ele já tinha feito seu círculo de amigos e estava se impondo. Ele se mudou para um apartamento em Mondovì; o dinheiro não lhe faltava. Em Tre Fontane, o superior havia mudado e não via Boschi com simpatia, pelo contrário, queria acabar com a experiência de um Anexo. Respondi que seria possível, mas era necessário que toda a Comunidade se manifestasse sobre o assunto. Acima de tudo, era oportuno avisar o bispo de Mondovì. Abandonou a ideia de
fechar.
Dois anos mais tarde, foi eleito um novo superior, o Pe. Angelo, em Frattocchie. Fora capelão em Vitorchiano. As Irmãs tentaram convencê-lo a restabelecer Boschi como Anexo de Tre Fontane. Sendo apenas superior "ad nutum ", não tinha jurisdição, a não ser em dependência do abade de La Trappe. O abade de La Trappe assumiu a questão em nível jurídico: o Pe. Bernardo tornou-se eremita às dependências do abade de La Trappe. Em 1980, o Pe. Lino partiu para La Trappe para um ano de noviciado. Enquanto isso, o Eugênio havia chegado. O Pe. Ângelo, superior em Tre Fontane, concordou em retomar Boschi como Anexo e Eugenio fez o ano do noviciado em Tre Fontane. Quando chegou o momento da profissão simples, em Tre Fontane perceberam que ele não podia fazer a profissão na comunidade e depois morar em Boschi (era uma cilada, já que a profissão era para a Comunidade; o Superior sempre poderia conceder para viver no anexo dessa Comunidade).
Além disso, alguém não queria que o Pe. Lino ficasse um ano em Tre Fontane, como combinado. O programa era claro: manter Eugenio em Tre fontane, trazer o Pe. Bernardo de volta à comunidade, demitir o Pe. Lino e assim pôr fim a esta experiência considerada por alguns "provocativa", nos limites, senão fora, da visão "trapista" de viver a vida cisterciense. O desejo e a tentativa de reunir o Anexo a Tre Fontane não foram adiante. O Pe. Geral, Pe. Ambrósio - passando por Boschi - foi por mim interpelado se eu deveria recusar essas duas novas vocações. "De forma nenhuma", respondeu-me. Mas em nível prático, ele não fez muito para favorecer a inserção jurídica de Boschi na Ordem.
Boschi surgira como Anexo, portanto com um estatuto jurídico dado pela Ordem. Ora, ninguém tinha ideias claras sobre o que fazer. Havia uma evolução na Ordem e uma solução jurídica para tal novidade, o estatuto do Anexo, mas na prática não se alcançou uma solução viável. Em meados de 1986, dirigimo-nos a Tamié. Apesar de alguns aspectos jurídicos de solução nada simples, a Comunidade aceitou Boschi, como Anexo, por cinco anos. O Pe. Lino, depois de três meses de permanência, foi admitido à profissão solene com o voto dos monges de Tamiè e também o do Pe. Bernardo. Foi nessa ocasião que foi decidido dar a Boschi o título de "Nossa Senhora da União". Assim, ele pode fazer a profissão solene em Boschi nas mãos do abade Dom Jean Marc, como membro daquela Comunidade, embora morasse em Boschi. Eugenio fez a profissão simples em Tamié e depois a solene em Boschi. Silvio, que chegou mais recentemente, fez o ano canônico do noviciado e a profissão simples em Tamié.
O Capítulo Geral de 1993 - tendo Tamié terminado seu compromisso com Boschi, e não querendo assumir Boschi como Fundação, confiou ao Abade de Tamié Dom Jean Marc - a título pessoal - a tarefa de acompanhar sua evolução (Para alguns, "acompanhar" significava levar Boschi ao fechamento, por extinção!). Mais tarde veio Giovanni. Novamente surgiu a questão de onde fazer o noviciado: em que outro mosteiro poderia fazê-lo. Dom Bernardo Olivera, o novo Abade Geral, com visão mais ampla, obteve um indulto para Boschi, concedido ao Abade de Tamié, para abrir o noviciado canônico em Boschi. Nesse ínterim, a RIM havia votado um pedido ao Capítulo Geral para que se reconhecesse a Boschi a autonomia de um Priorado simples, ao mesmo tempo em que pedia a dispensa do número de Professos exigido para este fim pelas Constituições.
O Abade Geral aconselhou iniciar a construção de alguns ambientes que garantissem uma separação da Comunidade com os hóspedes. No ano de 1995, foi organizada a ala do Capítulo e do Escritório e a Igreja ampliada. No Capítulo Geral do mesmo ano, foi proposta e concedida a autonomia de nossa comunidade. Boschi tornou-se assim um Priorado Trapista, com a denominação de Mosteiro “Nossa Senhora da União”.
A Abadia de Tamié foi escolhida pelo Capítulo Geral como a Casa Mãe de Boschi. Ultimamente, no Capítulo Geral de 2011, o mosteiro foi elevado a Priorado Maior e canonicamente erigido como tal no domingo, 13 de novembro de 2011.
Não se trata de Unidade dos Cristãos, mas sim de uma realidade bem mais fundamental e mais atual:
1 – mais fundamental: Maria ofereceu o lugar da União entre Deus e o ser humano, por seu assentimento e seu sim. O Senhor Jesus, nascido dela é: Verbo de Deus – Filho de Deus, da mesma substância do Pai, e filho de Maria, da mesma natureza do ser humano.
2 – mais atual: a vida monástica é o consentimento e a resposta que o ser humano de hoje oferece ao Pai, para ser, pela Força do Espírito Santo, transformado em filho de Deus e conformado ao Senhor Jesus.
3 – mais atual ainda: todos vivemos na cultura contemporânea, com modalidades personalizadas, assumidas durante o crescimento; é precisamente com esta nossa estrutura cultural e psicológica que somos assumidos pelo Senhor e transformados nele. Maria é a porta que permite a Deus a manifestação e a realização, antes de tudo nela e, consequentemente, em cada ser humano de boa vontade, da União de realidades opostas, tais como: Maria, Virgem e Mãe; Jesus, Deus e homem; toda criatura humana, ser humano e participante da natureza divina; a Igreja, Corpo do Senhor e comunhão humana; o ser humano morre e ressuscita, está morto e vivificado pelo Espírito Santo.
Nunca como hoje é necessário recordar a realidade histórica. Vivemos no mundo virtual da imagem coletiva e individual. Precisamos de história. A realidade da história é a nossa salvação: a História de Deus que salva o ser humano! A fidelidade, o enraizamento na história, exige que deixemos nosso mundo fantasmagórico, que a imagem do ego sempre se constrói e amplia a cada dia, para sermos suficientemente livres do imaginário sociocultural – sobretudo “religioso” – em que vivemos. A imagem pessoal – voluntas propria -, a imagem sociocultural – tornar-se alheios ao modo de pensar do mundo – é o grande sedutor (cf. Ap 12,9). Para que esse enraizamento aconteça, é necessário “desestruturar” nossa imagem, renovando continuamente os pensamentos de nossa mente e os sentimentos de nosso coração e absorvendo os pensamentos e sentimentos que estão em Cristo Jesus. É o caminho batismal; se vós ressuscitastes com Cristo, deveis “provar” a vida de Cristo por meio de seu Espírito. É o carisma do caminho cisterciense. A fidelidade à História exige que estejamos enraizados na realidade em que esta História está se realizando também para nós. Fundamental e principalmente, a História é o Senhor Jesus, vivo e ressuscitado, presente em seu Corpo, a Igreja: Aquele que vai se realizando em todas as coisas. Entramos nesta História – “agidos” pelo Espírito Santo – na Igreja, através do Sacramento e da Palavra. Entrar na História significa “sair” da terra de nossas imagens, para revestir todos os dias a imagem de Deus: o Senhor Jesus.
“A graça cisterciense é uma graça especial de conformação a Cristo que age por uma profunda adesão ao caminho proposto pela Regra de São Bento”.
O que há de diferente, ou melhor, o que se quer alcançar especificamente em Boschi?
Os quatro elementos que destacamos não são exclusivos de Boschi, mas são inerentes a toda vida cristã e monástica: queremos apenas vivê-los com uma conotação particular. E são: Simplicidade, Conversão do coração, União no Espírito, Testemunho.
Simplicidade: a simplificação das estruturas que a comunidade tradicional traz consigo e deve preservar. Este aspecto de nossa vida pode ser realizado pelo fato de sermos poucos e as necessidades reduzidas; mas esta forma de viver de maneira ordinária e pobre é também fruto de uma escolha de simplicidade, de ordinariedade, de comunhão com o homem de hoje. Conversão do coração: como busca de Deus, do Senhor Jesus, inspirada pelo Amor, guiada pelo Espírito. É o elemento mais importante da vida monástica, constitui sua escolha de fundo. União: toda a nossa vida converge, está orientada para nos unirmos ao Senhor Jesus, para formar um só espírito com Ele. Nesta busca de união com o Senhor, o ser humano se unifica totalmente em seu coração. Espírito, alma e corpo convergem para a unidade, tornam-se um, pelo conhecimento e amor verdadeiro de si mesmo no Senhor Jesus, do seu plano sobre nós, conhecimento e amor adquiridos na escuta dócil do Abbas, servidor da unidade, na caridade. Esta conversão deve levar em si mesma à comunhão, à união com o ser humano de hoje, à abertura à cultura moderna, abordada com estima e amor. Esta abertura supõe um enraizamento na verdadeira tradição monástica e deve ser cautelosa e crítica, através de uma atenção contínua ao outro e de um conhecimento sério do ser humano de hoje. Conhecimento que, por um lado, vem da Palavra de Deus e do Magistério da Igreja, por outro, do estudo dos problemas enfrentados pelo ser humano de hoje. Tudo isso visa alcançar a sabedoria do coração e da vida.
Testemunho: Jesus quer esta comunidade como testemunho vivo e vital de que Ele é o Senhor, testemunho que se realiza sobretudo pelo amor recíproco. Portanto, a alegria, a franqueza, a estima cordial, a aceitação mútua sincera, a eliminação de qualquer julgamento que separa devem ser a norma das relações interpessoais. Em nosso contexto, essas relações devem ser vividas com total sinceridade e responsabilidade, porque o Senhor nos chama para isso. Com uma clareza e simplicidade que realmente transpareça que nos confiamos à comunidade como meio de doação a Deus.
Nossa doação a Deus passa pelo irmão. A nossa oração é fruto e causa do amor e da sinceridade que temos para com o irmão, pelo que as relações e os encontros comunitários devem ser marcados por este amor sincero. Amor significa que não se tema nada do outro e nada se inflija ao outro. Sincero indica essa disponibilidade e acolhida que nada teme do outro. Se algo negativo for encontrado, deve ser dito e recebido com amor. Assim poderemos ser testemunhas, na verdade e na liberdade da caridade, que o Senhor está vivo entre nós e nos dá a sua paz.
“A tua salvação está na conversão e na quietude, a tua força está na tranquilidade e na confiança” (Is 30,15)
HORÁRIO
Semanal Festivo
4:00 Acordar, Vigílias, Oração, Lectio ”
7:00 Laudes ”
7:30 Café da manhã, Limpeza, Lectio “
9:00 Terça, Trabalho (Encontro) 10:00 Terça
12:00 Sexta, Almoço, Tempo livre “
15:00 Nona, Trabalho (Encontro) Nona, Adoração
17:00 Fim do trabalho (Verão: 17:30) ”
18:00 Vésperas, Eucaristia (Verão: 18:30) ”
19:15 Jantar (Verão: 19:45) ”
20:00 Completas (Verão: 20:30 ) “
20:30 Descanso (Verão: 21:00) “
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